Cascata da Fraga de Água d’Alta – Orvalho

Começo por informar, pois não sabia aquando da minha visita, que a Cascata da Fraga de Água D’Alta fica situada em espaço natural da Geopark Naturtejo. Sabia que ficava perto do Orvalho, terra que não visitava há alguns bons anos.

Para chegar à Ribeira de Fraga d’Alta, escolhi passagem através da vila de Oleiros, passando também pela Freguesia do Estreito – Vilar Barroco. Devo dizer-te que durante esta viagem, fiquei bastante surpreendido com a quantidade de pinhal existente em toda aquela zona, eram quilómetros até perder de vista.

Um local de paragem obrigatória, ainda antes de chegar ao destino, foi o Miradouro do Zebro, situado em plena Serra do Muradal. Para além de todos aqueles afloramentos rochosos, fiquei surpreendido com as dinâmicas que aquele território implementou e tem vindo a implementar. Verdadeiras iniciativas de desenvolvimento local, pois tudo, está a ser resultado de um Plano Estratégico que o próprio Município de Oleiros apresentou em 2014, em parceria com Sociedade Portuguesa de Inovação.

 

Chegado à Ribeira de Água d’Alta, deparei-me com um passadiço ainda em construção. Mais um passadiço, dirão vocês. Sim, é mais um passadiço que recomendo a visita. E neste âmbito, uma nota de autor.
Não sou anti-passadiços, aliás, sou anti de muito poucas coisas. Sou sim a favor da sustentabilidade ambiental de todos os territórios e para isso os turistas e as populações locais, são peça fundamental na engrenagem deste “jogo”. Realço mais uma vez que tudo isto é resultado de opções estratégicas sustentadas e na honrosa participação da comunidade local em todo o processo. Um exemplo processual.

 

Estamos então perante um percurso de algumas centenas de metros que conjuga em pleno toda a morfologia daquela ribeira com a intervenção humana ali feita. Temos passadiços em madeira apenas em locais de necessidade e o restante faz-se ao largo da ribeira, por trilho pouco intervencionado. Um equilíbrio a roçar a perfeição que merece a tua visita.

 

Deixo aqui ligação para um panfleto que acrescenta mais informação que te será bastante útil. Em tempos de pandemia e em tempos de vá para fora cá dentro, arrisco a dizer que três ou quatro dias, não te chegam para conheceres este território.

Antes de terminar, um pequeno apontamento sobre o regresso.

 

Escolhi regressar via nacional 112 até Castelo Branco. Na boa hora o fiz. É uma estrada lindíssima!
A chegada a Castelo Branco, com passagem sobre Rio Ocreza, por Salgueiro do Campo e aquela transição Serra Versus Planície ao final da tarde, digo-vos, há coisas que não se conseguem colocar em palavras.

Caso queiras visitar, estou ao dispor para te tirar dúvidas. É sem dúvida um local que recomendo.
Se vieste aqui parar, leste até ao fim e gostaste, podes subscrever, a minha newsletter e estar a par de tudo o que por aqui vou publicando.

Termino, enviando-te um forte abraço e saúde! Até breve!