18 Janeiro, 2025 0 Comments

A silhueta escura da turbina

Passar algumas horas pela serra, num dia fresco de inverno, à espera do momento certo para disparar o obturador, é algo que exige alguma paciência. Mas quando o resultado, como o desta imagem, sai do cartão de memória, valeu a pena o “esforço”. 

Estas turbinas eólicas dominam a paisagem da serra. O contraste com a natureza, é por demais evidente. Nesta fotografia, quis captar a “harmonia” entre os avanços tecnológicos e a beleza natural da Serra da Lousã. A escolha do enquadramento não foi ao acaso; andei um pouquinho de um lado para o outro, testando diferentes perspectivas, até encontrar a “composição ideal”.

A luz foi um desafio. No inverno, o sol “desce” depressa e os tons do céu mudam a cada  segundo. Ajustar a exposição, encontrar o equilíbrio certo entre sombra e brilho, e ainda garantir que o vento não me fazia perder o enquadramento desejado exigiu alguma concentração. Mas aquele instante em que o sol ficou exatamente onde eu queria foi um momento de pura realização.

Fotografar é mais do que apenas carregar num botão, está em todos os livros de fotografia e é algo que todos compreenderão. Na verdade é estar presente, sentir o ambiente, antecipar a luz, ajustar os parâmetros e esperar pacientemente pelo instante certo. Depois é chegar a casa e descarregar o cartão e … temos uma memória perpétua.

 

Leia também:
“O que não precisas como iniciante em fotografia”
👉 https://www.jorgenunes.net/o-que-nao-precisas-como-iniciante-em-fotografia
“O Segredo dos nossos dados”
👉 https://www.jorgenunes.net/o-segredo-dos-nossos-dados/
“Inteligência Artificial e a Fotografia”
👉 https://www.jorgenunes.net/inteligencia-artificial-e-a-fotografia/
“Máquinas fotográficas Versus Smartphones”
👉
https://www.jorgenunes.net/maquinas-fotograficas-versus-smartphones/ 

5 Janeiro, 2025 0 Comments

O Segredo dos nossos dados

A informação passou a ser dos recursos mais valiosos do mundo. Cada clique, cada interação e cada segundo que passamos online geram dados que são recolhidos, analisados e utilizados quer por empresas quer por governos. Mas até que ponto temos consciência do que acontece com as nossas informações pessoais? Quem é que realmente controla estes dados e quais são as implicações para a nossa privacidade e liberdade?

O segredo dos nossos dados, está mesmo em segredo?

Clive Humby, um matemático britânico e pioneiro na análise de dados, refere que os dados são o novo petróleo. Certo é que grandes empresas de tecnologia têm construído verdadeiros impérios baseados na recolha e análise de informações dos utilizadores, os dados. A Google, Facebook, Amazon e tantas outras empresas, dependem dos nossos dados para otimizar todos os seus serviços para assim direcionar anúncios e, mais preocupante ainda, prever e influenciar comportamentos. Através de algoritmos finos, estas empresas conseguem mapear interesses, antecipar desejos e até manipular decisões. O que antes era apenas publicidade personalizada, agora extravasa a áreas como a política, economia e até mesmo à saúde. A questão é: até que ponto estamos dispostos a trocar a nossa privacidade por conveniência?

Muitas plataformas continuam a afirmar que nós enquanto utilizadores, temos o poder de controlar os nossos dados, através das configurações de privacidade. Estas opções no entanto, são na maioria das vezes, complexas e “escondidas” em longos termos de uso que poucos têm vontade de ler. Mesmo após ajustarmos as nossas preferências, continuamos a fornecer dados a cada interação digital, muitas vezes sem nos apercebermos. Há ainda uma falta de transparência sobre como estas informações são utilizadas. Por exemplo, os dados que partilhamos com uma aplicação podem ser vendidos a terceiros sem o nosso conhecimento. Estas empresas utilizam os nossos dados para criar perfis detalhados (personas) que podem ser usados para nos vender produtos, moldar opiniões políticas ou influenciar comportamentos, tudo isto de forma imperceptível.

As redes sociais são um claro exemplos de como os dados são usados para moldar comportamentos. Os algoritmos determinam o que vemos nos nossos feeds, priorizando conteúdos que geram maior envolvimento, criando bolhas de informação, onde somos expostos apenas a opiniões semelhantes às nossas, reforçando crenças e dificultando um debate saudável. Este fenómeno contribui para a tão mencionada polarização da sociedade, já que diferentes grupos recebem informações distintas e muitas vezes manipuladas. A propagação de fake news é assim facilitada, pois conteúdos sensacionalistas tendem a gerar mais interações e, consequentemente, são mais promovidos pelos algoritmos. O exemplo da ida do homem à Lua, é flagrante.

Este uso de dados não é limitado apenas às empresas e ao privado. Os Governos também estão a recorrer à vigilância digital para monitorizar cidadãos sob o pretexto de uma segurança nacional. Tecnologias de reconhecimento facial, monitorização de redes sociais e armazenamento massivo de comunicações, são algumas das ferramentas utilizadas. Estas medidas, embora sejam muitas vezes justificadas como forma de combater o crime, têm a sua implementação sem regulamentação adequada o representa uma ameaça às liberdades individuais. A privacidade é um direito fundamental e, quando comprometida, pode levar a um estado de vigilância constante onde cada ação é registada e potencialmente usada contra as pessoas.

Os dados também não são usados apenas para publicidade e segurança. Empresas de saúde e seguradoras estão cada vez mais interessadas nas informações médicas e nos hábitos das pessoas. Com o avanço da inteligência artificial, já é possível prever doenças e criar tratamentos personalizados baseados em análise de grandes volumes de dados. Esta utilização levanta também ela, questões éticas. Se os dados de saúde forem utilizados de forma inadequada, podem levar à discriminação no acesso tanto a seguros como até no acesso ao emprego. Uma pessoa com um histórico de doenças pode ver as suas oportunidades reduzidas devido a perfis de risco que as próprias empresas criam. Também aqui, a falta de regulamentação adequada pode resultar em injustiças e aumentar as desigualdades sociais.

Chegámos ao Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). A União Europeia foi um dos primeiros a dar passos para tentar devolver aos cidadãos o controlo sobre os seus dados. Ainda assim, muitas empresas procuram formas de contornar estas leis, tornando assim necessário um reforço nas políticas de proteção de dados. A legislação pode e deve evoluir para garantir maior transparência e responsabilização das empresas que recolhem e utilizam os nossos dados. Os cidadãos também necessitam de mais ferramentas para estar mais conscientes sobre como os seus dados são tratados e exigir mais proteção e direitos sobre as suas próprias informações.

A responsabilidade também recai assim sobre cada um de nós. A nossa responsabilização e conhecimento sobre o tema. Pequenas ações, como verificar que permissões são ou não concedidas às aplicações, a utilização de navegadores focados na privacidade e evitar também o uso excessivo de redes sociais. São tudo ações que podem fazer a diferença. Também o recurso a ferramentas como VPNs, bloqueadores de rastreadores e motores de busca alternativos podem ajudar a minimizar a nossa exposição online. Mais importante ainda, precisamos de promover a literacia digital. Devemos ter presente desde cedo a importância da privacidade e os riscos associados à partilha excessiva de informações. A consciencialização é a primeira linha de defesa contra a exploração dos nossos dados.

O segredo dos nossos dados é que, na realidade, eles deixaram de ser nossos. Vivemos numa sociedade onde a informação tornou-se numa moeda de troca, e a nossa privacidade é o preço a pagar pela nossa conveniência digital. Estaremos condenados a este destino? Com uma regulamentação adequada, maior transparência e mudanças nos nossos hábitos, podemos ainda recuperar parte do controlo sobre parte ou mesmo um todo das nossas informações.

A questão principal que se coloca é: estamos dispostos a lutar por este direito ou vamos continuar a ceder os nossos dados em troca de um mundo aparentemente mais conectado, mas profundamente e cada vez mais controlado?

 

12 Fevereiro, 2024 0 Comments

O que não precisas como iniciante em fotografia

A indústria da fotografia está a lançar novos equipamentos praticamente todos os dias, dando e criando a ideia de que são estes mesmos equipamentos que tornarão os fotógrafos, melhores fotógrafos. Não podemos negar, a fotografia é um investimento em conhecimento e equipamento na sua maioria. Na sua maioria também, é verdade que muitos dos equipamentos não são necessários ou imprescindíveis.

Ao iniciarmos uma jornada em fotografia, ficamos de imediato perante um desafio de termos de filtrar todo um ruído e decifrarmos o que é “obrigatório” versus “bom ter” ou “totalmente desnecessário”. Em baixo deixo algumas dicas sobre o que podemos colocar de parte e passar a aprender, economizando dinheiro e mantendo o foco no que mais realmente interessa.

Máquina Fotográfica

Obviamente que uma máquina fotográfica é o primeiro passo para começarmos a fotografar. E embora possamos sentir-nos tentados pelas melhores e mais recentes máquinas fotográficas do mercado, perdemos logo essa vontade ao ver valores de três ou quatro mil euros, só para a câmaras fotográfica. Máquinas caras e demasiado avançadas para o nível em que nos encontramos.

Ao escolhermos uma primeira máquina, é muito importante planear com antecedência a marca e o sistema que pretendemos por forma a dar-nos tempo e espaço para crescermos enquanto fotógrafos, caso contrário estamos a ir por um caminho em que estamos a investir demasiados recursos dos quais provavelmente não iremos aproveitar no imediato e ao longo da nossa linha de aprendizagem. Por exemplo, imagens com maior resolução não são necessárias para muito daquilo que pretendemos, no entanto, esta característica aumenta em muito a barreira de entrada (preço).

Telefoto ou grande angular 

As objetivas são um componente crítico para explorar os aspectos criativos na área da fotografia. No entanto, não devemos sentir que precisamos de comprar um kit completo de objetivas no imediato. É muito mais importante ter algumas objetivas de qualidade com distâncias focais úteis e explorarmos ao máximo o que delas conseguimos retirar e obter. Será com estas objetivas que vais aprender o básico de exposição e composição e mesmo após este passo apresentar resultados extremamente “profissionais”.

Ao longo dos meus mais de 15 anos neste mundo da fotografia, passei por todos estes momentos e dúvidas. No entanto posso dizer que aprendi imenso a tirar fotografias com uma objetiva fixa de 50mm. 50mm dá-nos uma visão muito próxima da nossa, o que é uma grande ajuda falando de distorções e perspectivas que diferentes distâncias focais podem causar. Obviamente que 50mm é curto, apesar de como disse ser uma óptima objetiva para aprender. Se quisermos mais versatilidade, então podemos optar por outras objetivas, 24x70mm ou mesmo 24x105mm são boas opções para começar. Aqui vão observar que quanto mais “luminosa” for a objetiva ou seja quanto mais baixo for o valor de “F”, mais cara se torna a objetiva.

Estas objetivas grande angular e telefoto são muito fáceis e úteis de se usar em determinadas situações, no entanto podemos encontrar alguma complexidade especialmente quando entramos em tópicos como a profundidade de campo e distorção. Estes tópicos são mais fáceis de compreender com uma objetiva “normal”, ou seja, com uma distância focal próxima à nossa, os 50mm. Depois de descobrirmos todos os segredos da nossa máquina fotográfica e das nossas objetivas, pode ser a hora de fazermos um upgrade

Os filtros

Os filtros de densidade neutra (ND) e polarizadores têm espaço e utilidade e podem valer a pena adquirir mesmo que estejas a iniciar em fotografia. Os filtros ND vão reduzir a quantidade de luz que entra na objetiva, permitindo o uso de aberturas amplas ou exposições longas, mesmo sob luz mais forte. Por exemplo nas imagens de cascatas que faço com alguma regularidade em que a água parece estar arrastada.
Os filtros polarizadores, tais como os óculos de sol polarizados, vão reduzir o brilho. Intensificam por sua vez o céu azul e saturam no geral mais as cores, tornando-os úteis para fotografar água ou trabalhar em condições de sol forte ou luz vertical. Tanto os filtros ND e polarizadores não são obrigatórios ter na mochila, há filtros para todos os valores e caso não tenhas carteira para os mais caros, podes deixar para depois. No entanto, o segredo é investir em filtros de qualidade. O vidro pelo qual a luz passa no filtro afeta significativamente a qualidade da imagem, portanto, se optarmos por filtros baratos (incluindo filtros ND e polarizadores) vai afetar e impactar negativamente as nossas fotografias.

Tripés

Os tripés baratos são normalmente mais frágeis também o que anula a própria finalidade do mesmo. Em vez de obtermos fotografias completamente nítidas e estáveis, vamos obter exatamente o contrário. Na pior das hipóteses, em dias de algum vento, podemos ver a nossa máquina fotográfica ir ao chão com resultados catastróficos. Não pretendemos isso. Estes tripés mais baratos tendem a partir ou estragar-se mais rapidamente com o seu uso. O tripé que tenho em uso, custou-me há cerca de 5 anos quase 300€. Há melhores, há piores. Acima de 100€ já se encontram algumas boas opções.

Outros equipamentos e Softwares

Resumindo

Vamos sempre lembrar-nos disto. Vamos investir em equipamentos que vamos realmente utilizar.

Mais equipamento nem sempre significa melhores fotografias, e equipamentos mais caros não são certamente um atalho para alcançar os nossos objetivos em fotografia. Vamos manter o foco no humanismo na fotografia e menos da “maquinaria” da mesma. Vamos focar-nos no nosso olhar.

Boas fotografias a todos, espero que tenham gostado.
Até breve,
Jorge Nunes

11 Novembro, 2023 0 Comments

A Sony a “mudar as regras” da fotografia

A Sony a mudar as regras da fotografia, como?
Apresentou o seu novo modelo Alpha 9 III, em que se destaca logo à partida pelo seu sensor de imagem full-frame com sistema de obturador global. Ou seja, todos os pixels que compõem a imagem feita pela máquina são expostos e processados ao mesmo tempo, diferente do que se vê em todos os outros modelos, com processamentos “em série”. A Sony afirma ainda que este novo modelo não cria distorções nas fotografias e acrescenta a tecnologia de pré-captura de 0,1 até 1 segundo antes do botão do obturador ser totalmente pressionado. Ou seja, com a seleção na máquina de pré-captura podemos recuar até 1 segundo na obtenção de uma fotografia.

Como utilizador de sistemas Nikon, uma marca que confio desde há muito, vejo a Sony a elevar bastante a fasquia sendo que, toda a concorrência vai ter de acelerar o passo em busca de algo para que possam concorrer com estas novas “features” da Sony. Incrível!

Deixo-vos com o vídeo da Sony a apresentar o novo modelo Alpha 9 III.

 

8 Outubro, 2023 0 Comments

Inteligência Artificial e a Fotografia

A fotografia é uma forma de arte e comunicação que tem evoluído ao longo dos anos. Desde a sua invenção no século XIX e com os avanços da tecnologia, a fotografia passou por várias transformações e um dos desenvolvimentos mais notáveis é o uso da inteligência artificial ou IA.

A IA tem desempenhado um papel significativo na revolução da fotografia, proporcionando melhorias em diversas áreas, desde a captura de imagens até ao processo de edição. Um dos principais objetivos pelos quais a inteligência artificial está a ser usada e aplicada na fotografia, é na melhoria da qualidade das imagens. Algoritmos de inteligência artificial podem ser usados tanto para reduzir o ruído em fotografias como para melhorar a exposição ou até mesmo para remover objetos indesejados nas imagens.

Além disso, a inteligência artificial tem também permitido o desenvolvimento de máquinas mais inteligentes que são capazes de reconhecer automaticamente cenas e ajustar os modos aos momentos para obter a melhor imagem possível sem intervenção do fotógrafo. Isto pode simplificar o processo, permitindo que haja uma maior concentração na composição e na criatividade, sendo que a máquina fotográfica trabalhará pelo fotógrafo, nas configurações mais técnicas.

Outra área em que a inteligência artificial está a criar um maior impacto na fotografia e até polémica, é na edição de imagem. Programas de edição de fotografia alimentados por IA, estão cada vez mais a realizar tarefas complexas, como a remoção de objetos, a melhoria da nitidez e a correção de cores de forma rápida, eficiente e muito importante, mais assertiva. Isto vai economizar tempo e esforço para quem fotografa e vai permitir que sejam alcançados resultados de imensa qualidade, muito mais rapidamente.

A inteligência artificial em fotografia está ainda a ser usada para criar novas formas de arte fotográfica. Ou seja, através de algoritmos profundamente avançados, basta com pedidos escritos ou orais por parte de um utilizador para se gerar imagens artísticas, como pinturas famosas ou fotografias antigas. Isto está a abrir um leque de novas possibilidades criativas,  tanto para artistas como para fotógrafos, permitindo assim uma fusão de diferentes estilos e técnicas.

A recente versão lançada pela Adobe, o Adobe Photoshop lançou os “sininhos” de preocupação neste meio. Questões éticas, de privacidade e mesmo autorais estão a levantar-se e a causar bastante “sururu”. Em tempos de disseminação de informações falsas ou enganosas, esta melhoria tecnológica tem os seus “defeitos”.

No entanto, a inteligência artificial continua a desempenhar um papel extraordinário na evolução da fotografia. Desde as melhorias na qualidade das imagens passando pela automação de tarefas de edição, a inteligência artificial está a tornar a fotografia cada vez mais acessível e criativa. É importante sim, usar estas ferramentas com responsabilidade, considerando as implicações acima mencionadas, de razão ética e de privacidade que as mesmas podem levantar.

É importante ainda destacar que a coexistência entre fotógrafos e a inteligência artificial, não necessita de ser vista como uma competição, mas sim como uma colaboração. Os fotógrafos podem aproveitar as capacidades desta tecnologia para aprimorar seu trabalho, melhorando tarefas e processos técnicos, permitindo assim mais tempo para a criatividade, como aliás já referido acima. A inteligência artificial por sua vez, beneficia também destas orientações humanas para também ela entender e representar emoções e contextos complexos nas imagens a “criar”.

Por fim, o “choque” entre fotógrafos e IA na fotografia, não é sobre quem vence mas sobre como essas duas forças, se podem unir para elevar a qualidade e a diversidade da arte fotográfica. A combinação de “skills” entre o fotógrafo e o uso da tecnologia de IA têm o potencial de elevar a fotografia a novos patamares de excelência e de criatividade. Assim espero, assim esperamos.

14 Setembro, 2023 0 Comments

Máquinas fotográficas Versus Smartphones

Tanto as máquinas fotográficas como os smartphones, são um recurso atual na forma como capturamos momentos e partilhamos as nossas experiências diárias. Ambos têm as suas vantagens e as suas desvantagens, e a escolha entre eles depende muito das nossas necessidades e das nossas preferências individuais.

Para muitos entusiastas da fotografia, como eu, as máquinas fotográficas continuam a ser a escolha principal. A qualidade superior de imagem que oferecem, a forma como as máquinas são projetadas especificamente para capturar fotos e vídeos com detalhes nítidos, cores precisas e uma ampla gama dinâmica, além das opções de objetivas intercambiáveis ​​permitem uma versatilidade incomparável na composição e no nosso estilo de fotografia.

Por outro lado, os telemóveis atuais, mais concretamente os smartphones, têm a vantagem da conveniência. Eles estão sempre à nossa mão, permitindo que capturemos momentos de forma espontânea e sem precisar carregar “um tijolo” de um quilo à parte mais uma mochila com acessórios. A tecnologia das câmaras dos smartphones, têm avançado tecnologicamente  de forma significativa ao longo dos anos, com sensores de alta resolução, multicâmaras, recursos de inteligência artificial para melhorar as fotografias e aplicativos de edição bastante poderosos.

No entanto, tirar fotografias com máquinas fotográficas FULL FRAME, APS-C‘s ou mesmo Bridge‘s, em vez de smartphones, oferece várias vantagens significativas. Aqui estão cinco razões para optar por uma “máquina a sério”, ao invés de um telemóvel com máquina fotográfica:

  1. A qualidade de imagem é superior: As máquinas fotográficas têm sensores maiores, o que resulta em imagens de alta qualidade com uma gama dinâmica mais ampla e melhor desempenho em condições de pouca luz. Isto significa cores mais vibrantes, detalhes mais nítidos e menos ruído nas fotografias, mesmo em ambientes mais desafiantes.
  2. Controlo total sobre as configurações: Com uma máquina fotográfica, temos controlo total sobre principais configurações. A abertura, a velocidade do obturador, o ISO o foco... Isto permite-nos ajustar o nosso cunho enquanto fotógrafos. As criação de imagens ao nosso gosto e de acordo com nossas preferências criativas e as condições específicas do ambiente.
  3. Lentes intercambiáveis: Uma das maiores vantagens das máquinas full frame e aps-c’s, é a capacidade de usar uma ampla variedade de lentes intercambiáveis. Isto permite-nos adaptar configurações a “milhares” de situações, desde fotografia de paisagens a retratos, macro e desporto, proporcionando uma flexibilidade incomparável.
  4. Desfoque de fundo ou segundo plano (bokeh): As câmaras full frame têm uma maior capacidade de criar um desfoque de fundo atraente, o chamado de bokeh, que é altamente desejado principalmente em fotografia de retrato ou fotografia de produto. É uma forma inteligente de destacarmos o nosso sujeito ou primeiro plano, criando imagens mais cativantes, vibrantes e profissionais.
  5. Durabilidade e manuseio: As máquinas fotográficas são construídas para durar e são mais resistentes do que os smartphones. Oferecem-nos um manuseio mais sólido e mais preciso com o resultado de tornar a experiência de fotografia muito mais envolvente.

Em resumo, uma máquina fotográfica oferece uma qualidade de imagem superior, controle criativo, flexibilidade de lentes, capacidade de criar primeiros e segundos planos mais atraentes, assim como uma durabilidade maior. É uma escolha ideal para entusiastas e profissionais que desejam levar sua fotografia a um nível superior em comparação com smartphones. Embora a fotografia de telemóvel seja mais conveniente e útil até em muitas situações, as máquinas fotográficas continuam a ser a escolha preferida quando se procura a melhor qualidade e versatilidade fotográfica. A escolha entre máquinas fotográficas e smartphones depende sempre do propósito e das preferências pessoais do fotógrafo. Se a qualidade de imagem e o controlo das mesmas são prioridades, uma máquina fotográfica dedicada é a escolha óbvia. No entanto, para a maioria das pessoas, os smartphones oferecem uma solução conveniente e capaz de atender às necessidades fotográficas diárias.

 

 

 

6 Setembro, 2021 0 Comments

Fotografias com detalhe de 80000 Megapixels

Falamos da fabricante de webcams, EarthCam que produziu a maior e mais detalhada imagem de Nova York do mundo.

20 Abril, 2021 0 Comments

Já é possível observar a evolução da Terra nos últimos 37 anos

A Google anunciou que já é possível observar a evolução da Terra nos últimos 37 anos. Através do Google Earth e de um novo recurso intitulado de Timelapse, é agora possível observarmos muitas dessas mudanças que ocorreram no nosso Planeta ao longo de 37 anos, devido tanto às alterações climáticas como ao “nosso” comportamento no planeta.

 

Para explorares o Timelapse no Google Earth, tens apenas de aceder ao site e procurar pela barra de pesquisa. Estás pronto para assim escolher qualquer área do nosso planeta.

Até breve, saúde!
Jorge

 

25 Fevereiro, 2021 0 Comments

Quantas pessoas estão no espaço agora?

Talvez nunca tenhas pensado nisto, mas aqui vai: Sabes quantas pessoas estão no espaço agora?

É no site How Many People Are In Space Right Now ou na , apenas disponível para IoS, que ficamos a saber no momento o nome e as nacionalidades dos astronautas em órbita da Terra, mais concretamente na Estação Espacial Internacional. E neste momento são quatro americanos entre eles duas mulheres, mais dois russos e um japonês.

Olhando para a aplicação, , podemos ainda seguir os astronautas enquanto desenvolvem diversas tarefas em gravidade zero. Podemos ainda ver fotografias e vídeos disponibilizados pelos próprios astronautas. Se ativares notificações acabas por não perder nenhum acontecimento relevante, permitindo-te ainda, partilhar esse conteúdo nas tuas redes sociais.

Kate Rubins, 42 anos (USA) 134 dias no espaço

Sergey Ryzhikov, 46 anos (RUS) 134 dias no espaço

Sergey Kud-Sverchkov, 37 anos (RUS) 134 no espaço

Shannon Walker, 55 anos (USA) 102 dias no espaço

Victor Glover, 44 anos (USA) 102 dias no espaço

Mike Hopkins, 52 anos (USA) 102 dias no espaço

Soichi Noguchi, 55 anos (JAP) 102 dias no espaço

 

Um abraço a todo(a)s e muita saúde!
Jorge

18 Fevereiro, 2021 0 Comments

Radio Garden: Ouve rádios de todo o mundo ao estilo Google Earth

Esta é mais uma proposta “anti-confinamento”. Falo-te neste artigo da Radio Garden. Uma plataforma online muito ao estilo Google Earth que te permite ouvir estações de rádio de todo o mundo à medida que rodas o globo.