Inteligência Artificial e a Fotografia
A fotografia é uma forma de arte e comunicação que tem evoluído ao longo dos anos. Desde a sua invenção no século XIX e com os avanços da tecnologia, a fotografia passou por várias transformações e um dos desenvolvimentos mais notáveis é o uso da inteligência artificial ou IA.
A IA tem desempenhado um papel significativo na revolução da fotografia, proporcionando melhorias em diversas áreas, desde a captura de imagens até ao processo de edição. Um dos principais objetivos pelos quais a inteligência artificial está a ser usada e aplicada na fotografia, é na melhoria da qualidade das imagens. Algoritmos de inteligência artificial podem ser usados tanto para reduzir o ruído em fotografias como para melhorar a exposição ou até mesmo para remover objetos indesejados nas imagens.
Além disso, a inteligência artificial tem também permitido o desenvolvimento de máquinas mais inteligentes que são capazes de reconhecer automaticamente cenas e ajustar os modos aos momentos para obter a melhor imagem possível sem intervenção do fotógrafo. Isto pode simplificar o processo, permitindo que haja uma maior concentração na composição e na criatividade, sendo que a máquina fotográfica trabalhará pelo fotógrafo, nas configurações mais técnicas.
Outra área em que a inteligência artificial está a criar um maior impacto na fotografia e até polémica, é na edição de imagem. Programas de edição de fotografia alimentados por IA, estão cada vez mais a realizar tarefas complexas, como a remoção de objetos, a melhoria da nitidez e a correção de cores de forma rápida, eficiente e muito importante, mais assertiva. Isto vai economizar tempo e esforço para quem fotografa e vai permitir que sejam alcançados resultados de imensa qualidade, muito mais rapidamente.
A inteligência artificial em fotografia está ainda a ser usada para criar novas formas de arte fotográfica. Ou seja, através de algoritmos profundamente avançados, basta com pedidos escritos ou orais por parte de um utilizador para se gerar imagens artísticas, como pinturas famosas ou fotografias antigas. Isto está a abrir um leque de novas possibilidades criativas, tanto para artistas como para fotógrafos, permitindo assim uma fusão de diferentes estilos e técnicas.
A recente versão lançada pela Adobe, o Adobe Photoshop lançou os “sininhos” de preocupação neste meio. Questões éticas, de privacidade e mesmo autorais estão a levantar-se e a causar bastante “sururu”. Em tempos de disseminação de informações falsas ou enganosas, esta melhoria tecnológica tem os seus “defeitos”.
No entanto, a inteligência artificial continua a desempenhar um papel extraordinário na evolução da fotografia. Desde as melhorias na qualidade das imagens passando pela automação de tarefas de edição, a inteligência artificial está a tornar a fotografia cada vez mais acessível e criativa. É importante sim, usar estas ferramentas com responsabilidade, considerando as implicações acima mencionadas, de razão ética e de privacidade que as mesmas podem levantar.
É importante ainda destacar que a coexistência entre fotógrafos e a inteligência artificial, não necessita de ser vista como uma competição, mas sim como uma colaboração. Os fotógrafos podem aproveitar as capacidades desta tecnologia para aprimorar seu trabalho, melhorando tarefas e processos técnicos, permitindo assim mais tempo para a criatividade, como aliás já referido acima. A inteligência artificial por sua vez, beneficia também destas orientações humanas para também ela entender e representar emoções e contextos complexos nas imagens a “criar”.
Por fim, o “choque” entre fotógrafos e IA na fotografia, não é sobre quem vence mas sobre como essas duas forças, se podem unir para elevar a qualidade e a diversidade da arte fotográfica. A combinação de “skills” entre o fotógrafo e o uso da tecnologia de IA têm o potencial de elevar a fotografia a novos patamares de excelência e de criatividade. Assim espero, assim esperamos.