12 Fevereiro, 2024 0 Comments

O que não precisas como iniciante em fotografia

A indústria da fotografia está a lançar novos equipamentos praticamente todos os dias, dando e criando a ideia de que são estes mesmos equipamentos que tornarão os fotógrafos, melhores fotógrafos. Não podemos negar, a fotografia é um investimento em conhecimento e equipamento na sua maioria. Na sua maioria também, é verdade que muitos dos equipamentos não são necessários ou imprescindíveis.

Ao iniciarmos uma jornada em fotografia, ficamos de imediato perante um desafio de termos de filtrar todo um ruído e decifrarmos o que é “obrigatório” versus “bom ter” ou “totalmente desnecessário”. Em baixo deixo algumas dicas sobre o que podemos colocar de parte e passar a aprender, economizando dinheiro e mantendo o foco no que mais realmente interessa.

Máquina Fotográfica

Obviamente que uma máquina fotográfica é o primeiro passo para começarmos a fotografar. E embora possamos sentir-nos tentados pelas melhores e mais recentes máquinas fotográficas do mercado, perdemos logo essa vontade ao ver valores de três ou quatro mil euros, só para a câmaras fotográfica. Máquinas caras e demasiado avançadas para o nível em que nos encontramos.

Ao escolhermos uma primeira máquina, é muito importante planear com antecedência a marca e o sistema que pretendemos por forma a dar-nos tempo e espaço para crescermos enquanto fotógrafos, caso contrário estamos a ir por um caminho em que estamos a investir demasiados recursos dos quais provavelmente não iremos aproveitar no imediato e ao longo da nossa linha de aprendizagem. Por exemplo, imagens com maior resolução não são necessárias para muito daquilo que pretendemos, no entanto, esta característica aumenta em muito a barreira de entrada (preço).

Telefoto ou grande angular 

As objetivas são um componente crítico para explorar os aspectos criativos na área da fotografia. No entanto, não devemos sentir que precisamos de comprar um kit completo de objetivas no imediato. É muito mais importante ter algumas objetivas de qualidade com distâncias focais úteis e explorarmos ao máximo o que delas conseguimos retirar e obter. Será com estas objetivas que vais aprender o básico de exposição e composição e mesmo após este passo apresentar resultados extremamente “profissionais”.

Ao longo dos meus mais de 15 anos neste mundo da fotografia, passei por todos estes momentos e dúvidas. No entanto posso dizer que aprendi imenso a tirar fotografias com uma objetiva fixa de 50mm. 50mm dá-nos uma visão muito próxima da nossa, o que é uma grande ajuda falando de distorções e perspectivas que diferentes distâncias focais podem causar. Obviamente que 50mm é curto, apesar de como disse ser uma óptima objetiva para aprender. Se quisermos mais versatilidade, então podemos optar por outras objetivas, 24x70mm ou mesmo 24x105mm são boas opções para começar. Aqui vão observar que quanto mais “luminosa” for a objetiva ou seja quanto mais baixo for o valor de “F”, mais cara se torna a objetiva.

Estas objetivas grande angular e telefoto são muito fáceis e úteis de se usar em determinadas situações, no entanto podemos encontrar alguma complexidade especialmente quando entramos em tópicos como a profundidade de campo e distorção. Estes tópicos são mais fáceis de compreender com uma objetiva “normal”, ou seja, com uma distância focal próxima à nossa, os 50mm. Depois de descobrirmos todos os segredos da nossa máquina fotográfica e das nossas objetivas, pode ser a hora de fazermos um upgrade

Os filtros

Os filtros de densidade neutra (ND) e polarizadores têm espaço e utilidade e podem valer a pena adquirir mesmo que estejas a iniciar em fotografia. Os filtros ND vão reduzir a quantidade de luz que entra na objetiva, permitindo o uso de aberturas amplas ou exposições longas, mesmo sob luz mais forte. Por exemplo nas imagens de cascatas que faço com alguma regularidade em que a água parece estar arrastada.
Os filtros polarizadores, tais como os óculos de sol polarizados, vão reduzir o brilho. Intensificam por sua vez o céu azul e saturam no geral mais as cores, tornando-os úteis para fotografar água ou trabalhar em condições de sol forte ou luz vertical. Tanto os filtros ND e polarizadores não são obrigatórios ter na mochila, há filtros para todos os valores e caso não tenhas carteira para os mais caros, podes deixar para depois. No entanto, o segredo é investir em filtros de qualidade. O vidro pelo qual a luz passa no filtro afeta significativamente a qualidade da imagem, portanto, se optarmos por filtros baratos (incluindo filtros ND e polarizadores) vai afetar e impactar negativamente as nossas fotografias.

Tripés

Os tripés baratos são normalmente mais frágeis também o que anula a própria finalidade do mesmo. Em vez de obtermos fotografias completamente nítidas e estáveis, vamos obter exatamente o contrário. Na pior das hipóteses, em dias de algum vento, podemos ver a nossa máquina fotográfica ir ao chão com resultados catastróficos. Não pretendemos isso. Estes tripés mais baratos tendem a partir ou estragar-se mais rapidamente com o seu uso. O tripé que tenho em uso, custou-me há cerca de 5 anos quase 300€. Há melhores, há piores. Acima de 100€ já se encontram algumas boas opções.

Outros equipamentos e Softwares

Resumindo

Vamos sempre lembrar-nos disto. Vamos investir em equipamentos que vamos realmente utilizar.

Mais equipamento nem sempre significa melhores fotografias, e equipamentos mais caros não são certamente um atalho para alcançar os nossos objetivos em fotografia. Vamos manter o foco no humanismo na fotografia e menos da “maquinaria” da mesma. Vamos focar-nos no nosso olhar.

Boas fotografias a todos, espero que tenham gostado.
Até breve,
Jorge Nunes

3 Dezembro, 2023 0 Comments

Toda a verdade sobre a ida do Homem à Lua

A ida do Homem à Lua, foi resultado de um fascínio e imaginação desde tempos imemoriais. Contudo, foi apenas no século XX que a ideia de enviar o homem à Lua evoluiu de um sonho e imaginação distantes, para um objetivo concreto. O impulso inicial veio obviamente dos próprios avanços da tecnologia e com o advento da exploração espacial durante a Guerra Fria, quando Estados Unidos e União Soviética, competiam por uma espécie de supremacia global e do … cosmos.

Foi então a 20 de julho de 1969, através da missão Apollo 11 da NASA que os Estados Unidos “ganharam a corrida” à União Soviética. Os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins tornaram-se símbolos de coragem e perseverança ao realizar a primeira caminhada lunar, desbravando um território até então inexplorado. Até aos dias de hoje apenas doze foram os astronautas que pisaram a superfície da Lua, tendo o último humano pisado a Lua (Harrison Schmitt), em dezembro de 1972, portanto há muitos anos. 

A ida do homem à Lua não apenas expandiu os horizontes da exploração espacial, mas também inspirou gerações a perseguir desafios ambiciosos e a alcançar as estrelas e o cosmos.

 

Mas então porque existe quem acredite que tudo isto é uma farsa?

Que acreditem que milhares e milhares de pessoas, desde Engenheiros e Cientistas de diversas áreas, que estiveram envolvidos nas Missões Apollo, estejam coniventes que uma farsa desta universalidade?

1. Desconfiança na Era da Desinformação: A teoria de que o homem não foi à Lua, que não é novidade, ganhou espaço nesta nova Era marcada pela desinformação e pelo regresso do Homem à Lua já em 2025. Com o avanço da tecnologia e da disseminação rápida de informação, tornou-se desafiante compreender o que é verdadeiro do falso. Muitos cépticos e pouco informados diga-se, acreditam que as imagens e vídeos da missão Apollo 11 foram manipuladas num estúdio, alimentando suspeitas e teorias de conspiração que questionam toda uma veracidade destes eventos históricos.

2. Argumentos Científicos Questionáveis: Alguns cépticos apontam para supostas inconsistências científicas nos registos da missão Apollo. Alegam entre outros, que a radiação no cinturão de Van Allen deveria ter sido mortal para os astronautas. Depois questionam ainda a ausência de crateras causadas pelo módulo lunar e nas diferentes direções das sombras pelo próprio.

3. Conflitos Políticos e Guerra Fria: O contexto político da Guerra Fria também desempenha um papel na propagação das teorias conspiratórias sobre a ida à Lua. Com os Estados Unidos e a União Soviética a competir pela corrida espacial, existe uma ideia de que a NASA teria inventado a missão Apollo como uma “jogada política” para afirmar a superioridade americana. Este, é ainda um cenário que alimenta o cepticismo entre aqueles que veem a exploração lunar como um mero capítulo de rivalidade geopolítica.

4. Dificuldade em Aceitar Conquistas Extraordinárias: O difícil aceitar que a humanidade tenha realizado uma conquista tão extraordinária como a chegada à Lua. Um feito monumental que desafiou as percepções dos comuns mortais sobre o que é, ou não possível.

5. Desafios na Compreensão Científica: A compreensão detalhada da ciência por detrás da exploração lunar pode ser desafiadora e pode levar à desconfiança. Teorias complexas, como a física orbital e as características do ambiente lunar, podem parecer distantes de uma compreensão quotidiana. Esta falta de familiaridade com conceitos científicos pode resultar num cepticismo generalizado.

 

Que contributo podemos dar para combater estas teorias da conspiração não apenas sobre a ida do Homem à Lua, como a da terra ser plana ou outras? 

 

Basicamente, com abordagens multifacetadas, onde a educação e a comunicação têm um papel fundamental pois promovem o pensamento crítico. 

Em baixo deixo-vos com dois vídeos caso queiram aprofundar melhor os vossos conhecimentos sobre a ida do homem à Lua. Demonstram, principalmente em termos fotográficos que todas estas teorias, não passam disso mesmo, teorias. Um abraço e até já!

 


 


29 Janeiro, 2021 0 Comments

Conceitos para um melhor ensino à distância

A partir de 8 de fevereiro, regressa novamente o ensino à distância nas escolas. Esta forma de ensino traz novos desafios tanto aos professores como também a alunos.

16 Abril, 2020 0 Comments

A DGS ajuda a lidar com o isolamento em contexto familiar

Esta tarde (16/04/2020), a Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou um Manual para Famílias, com o objetivo de ajudar a lidar com o isolamento e o distanciamento em contexto familiar.

14 Abril, 2020 0 Comments

Educação – Manual de Primeiros Socorros

 

Como nota prévia, realço que esta matéria não é de todo a “minha praia”.  No entanto e dado o “alerta” num outro artigo, resolvi dar um pouco do meu contributo, não entrando como deverão compreender, em domínios mais técnicos.

 

Mas, porque saber primeiros socorros?

Um dos principais argumentos que encontro é muito simples. Nada mais vale, do que a própria vida. Depois,  aprender técnicas do suporte básico à vida, para muitos será desagradável pelo simples facto de entrarmos em contacto com O sofrimento, embora indiretamente. Por isso mesmo, parece-me que será importante haver uma preparação e não apenas nos mais novos. Todos nós devíamos, com alguma frequência, ser educados nesta temática dos primeiros socorros. Quer por via laboral, ensino ou ações de formação nas nossas comunidades locais.

 

Manual de Primeiros Socorros

Depois de algumas pesquisas, e também de alguma descoberta percebi que existe um Manual de Primeiros Socorros em concreto para Situações de Urgência nas Escolas, Jardins de Infância e Campos de Férias. Este manual é da Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, responsável pela criação dos instrumentos normativos, pedagógicos e didáticos necessários para que as escolas e professores desempenhem eficazmente a sua função e é uma entidade da Direção-Geral da Educação.

 

Aconselho vivamente a que explorem todos os links que partilho neste artigo. Espero que o mesmo, tenha ido ao encontro de algumas das vossas preocupações. Até breve!

 

Acede aqui ao Manual de Primeiros Socorros

Acede aqui ao site da Direção-Geral da Educação

A ABORDAGEM DOS PRIMEIROS SOCORROS NO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO:DIÁRIO DE UMA PROFESSORA-ESTAGIÁRIA
Inês Vaz Rodrigues Vilhena da Costa

 

13 Abril, 2020 0 Comments

Porque devem as crianças aprender Programação nas Escolas?

 

Constituição Portuguesa, no seu artigo 74, ponto nº 1: “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar”

 

Vamos então à primeira grande questão.
O que é Programação ?

Na sua forma mais simples, programação, é criar instruções ou códigos para que um computador faça algo através de comandos passo a passo. O objetivo destes códigos de programação permite ao computador compreender e executar esse código, alcançando-se assim um determinado resultado.

E para que é a programação utilizada?

A programação é usada para que as Apps funcionem nos smartphones, para que os jogos funcionem quer nas consolas de jogos, quer nos computadores. A programação fornece na sua maioria tudo aquilo com que os nossos filhos interagem quer por meio de laptops, sites, quer mídias sociais ou redes sociais.

É preciso não esquecer que os computadores são inteligentes, mas sem código, os computadores ficam sem vida. É o código de programação que dá vida a tudo e o computador é, simplesmente um seguidor de regras obediente.

Quais os benefícios da programação?

Quando introduzimos a programação nas crianças, elas ficam fascinadas porque é-lhes apresentada a forma como a tecnologia realmente funciona. Tal como aprender ciências da natureza, era assim que se chamava a disciplina nos meus tempos de escola, é importante que as crianças entendam os elementos básicos de uma parte integrante das suas vidas. Precisam de entender que o que acontece quando usam a tecnologia não é mágico, e elas mesmo, podem criar programas que podem ser úteis.
Mas saber o que acontece dentro do capot da tecnologia moderna é apenas um dos benefícios de as crianças aprenderem a programar. Muitos outros benefícios estão relacionados em aprender, a pensar e em desenvolver skills necessários para o futuro.

Benefícios de programar em criança:

  • Programar melhora as capacidades competitivas;
  • Permite um maior conhecimento e entendimento do mundo que os rodeia;
  • Programar pode ser bastante divertido;
  • Melhora a criatividade;
  • Melhora a capacidade de resolução de problemas;
  • Melhora a capacidade de persistência;
  • Melhora a capacidade colaborativa;
  • Melhora a capacidade comunicacional;
  • Melhora a Matemática;
  • Permite aprender pensamento algorítmico e estrutural.

Programador é uma profissão muito requisitada e será cada vez mais no futuro.

Qual a melhor idade para começar ?

Tal como aprender um novo idioma, assim é igual a aprender a sintaxe da programação. Esta exposição precoce moldará a forma de pensar e tornará este pensamento computacional numa segunda língua, por assim dizer. Portanto podemos afirmar que a melhor idade para se iniciar na programação será a partir dos 7 ou 8 anos.

Iniciar a programação…

Cada vez existem mais brinquedos e mais complexos que permitem o uso, não só da introdução da programação, como também um uso mais complexo e abrangente. Esta é sem dúvida uma excelente forma para uma iniciação.
Outra forma será o recurso a softwares educacionais para o efeito, como o Scratch 3.0 ou então o blockly.

Ensino nas escolas?

Tal como Bill Gates afirma: “Aprender a escrever programas cria elasticidade mental e ajuda a  formar um melhor pensamento. Cria então uma nova forma de pensar sobre coisas úteis em todos os domínios.”

O ensino da programação já chegou às escolas em Portugal. Implementado no ano letivo de 2015/2016 em escolas do primeiro ciclo do Fundão, com o intuito de dar aos alunos ferramentas de futuro, os dados têm sido bastante positivos e apontam para uma melhoria do raciocínio lógico até 7% e das competências em matemática até 17%.
Fonte: Jornal do Fundão

Nos tempos que passamos, haverá no sistema de ensino com toda a certeza, um antes e pós Covid-19. Seria certamente o tempo ideal pensar e repensar que ensino e forma de ensino queremos para o nosso futuro coletivo. Em meu entender, tal como a introdução da disciplina do Inglês no primeiro ciclo, penso que haveria espaço também para a introdução de uma disciplina de Introdução à Programação. Uma medida neste sentido, talvez já venha com alguns anos de atraso. Mas, vale mais tarde…

Fundão não pode ser exceção, terá de ser a regra!

 

Pensam apresentar aos vossos filhos, esta nova linguagem ?
Vão vocês próprios, pais, experimentar ?

 

Por e-mail, através da caixa de comentários, Redes Sociais, digam-me de vossa justiça o que pensam em relação a tudo o que foi mencionado neste artigo.
Se gostaram, partilhem nas vossas redes sociais, para que se alcance mais pessoas, professores, pais e alunos.


Um forte abraço e saúde para todos!