
Alterações climáticas: O colapso climático começou
As alterações climáticas têm sido um tema de crescente preocupação global nas últimas décadas, com evidências científicas cada vez mais claras de que o clima da Terra está a sofrer mudanças rápida e significativas. Uma das principais causas é o comportamento humano, que tem acelerado as alterações climáticas de maneira alarmante. Vamos explorar as várias formas pelas quais as ações dos humanos têm contribuído para o agravamento das alterações climáticas.
Em primeiro lugar, a “queima” de combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural, para produção de energia e transporte. São uma das principais fontes de emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Estas emissões são responsáveis pelo aumento do efeito estufa, que por sua vez leva ao aquecimento global e ao aumento das temperaturas médias em todo o mundo. Ainda hoje soubemos que este ano de 2023, foi o ano mais quente de sempre no hemisfério norte. Reuters.com
Mais, a deflorestação. Outra atividade humana prejudicial ao clima. As florestas desempenham um papel crucial na absorção de CO2 da atmosfera, atuando como consumidores de carbono. No entanto, a expansão agrícola, a exploração madeireira descontrolada e o desenvolvimento urbano têm levado à destruição de vastas áreas de florestas, reduzindo sua capacidade de regular o clima.
O consumo excessivo de recursos naturais é também é um fator decisivo. A produção em massa de bens de consumo, especialmente os descartáveis, requer uma grande quantidade de energia e recursos, resultando numa pegada de carbono bastante significativa. Além disso, o desperdício de alimentos, uma prática comum na maioria dos países desenvolvidos, aumenta ainda mais as emissões de gases de efeito estufa devido a esta produção desnecessária e desiquilibrada geograficamente de alimentos.
Falando de alimentos, passamos à agricultura e à agricultura intensiva. Outra atividade que contribui para as alterações climáticas. O uso indiscriminado de fertilizantes e pesticidas liberta grandes quantidades de óxido nitroso na atmosfera. Trata-se de um forte gás de efeito estufa. A pecuária em grande escala é ainda responsável por uma parte significativa das emissões de metano, outro gás de efeito estufa.
As mudanças no comportamento humano também afetam os ecossistemas marinhos. A pesca excessiva, a poluição dos oceanos e o despejo de resíduos tóxicos têm impactos prejudiciais nos ecossistemas marinhos, afetando a biodiversidade e a capacidade dos oceanos em absorver CO2.
O transporte, em particular o uso generalizado de veículos movidos a combustíveis fósseis, é uma das maiores fontes de emissões de gases de efeito estufa na maioria das nações. A falta de investimento em alternativas de transporte sustentável e o crescimento contínuo da frota de veículos a gasolina e diesel são exemplos de comportamentos humanos que contribuem para as alterações climáticas. Em minha opinião, os “carros a pilhas” não são opção futura imediata, sendo que continuamos à espera do “Sebastião Hidrogénio”.
Por fim, atividades industriais sem regulação, como a produção de produtos químicos tóxicos e a disposição inadequada de resíduos industriais, que causam danos substanciais ao meio ambiente e à atmosfera.
As alterações climáticas são um problema global urgente e crescente, e o comportamento humano desempenha um papel fundamental no acelerar destas alterações. A adoção de medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger os ecossistemas naturais e promover práticas sustentáveis é essencial para mitigar os impactos das alterações climáticas e preservar nosso planeta para as gerações futuras.
No entanto e citando o que hoje afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU, “O nosso clima está a implodir mais depressa do que conseguimos aguentar, com fenómenos meteorológicos extremos a atingir todos os cantos do planeta. O Colapso climático começou”
Em baixo um vídeo curto com cerca de vinte minutos mas que em tão breve curto tempo, explica muito bem do que se tratam afinal as alterações climáticas.
Fotografia do Artigo: Parque Eólico na Serra da Lousã