C3WKCH Large Asteroid closing in on Earth
19 Dezembro, 2015 0 Comments

Natal com visita de Asteróide

Para quem segue com alguma curiosidade assuntos que tenham a ver com astronomia como é o meu caso, fica a informação que nas vésperas deste Natal, dia 24, irá surgir nos céus um Asteróide a cerca de 11 milhões de quilómetros da Terra, visível no entanto apenas com recurso a um telescópio.

O 2003 SD220, nome do Asteróide irá passar a uma distância 28 vezes superior à que nos separa da Lua, mas que em termos astronómicos, é já considerado próximo. Nestes fenómenos surge sempre muita contra informação e especulação como a de que o Asteróide podia provocar tremores de terra e “acordar” alguns vulcões à sua passagem, obviamente tudo sem qualquer fundamento.

Outro facto curioso, é a de que a lua cheia vai coincidir com a noite de Natal, algo que não sucedia há perto de 40 anos. A próxima vez que voltar a suceder será apenas daqui a quase 20 anos, por isso vamos esperar que o céu esteja limpo para tirar uma fotografia a este raro momento. Dizer apenas ainda que a Lua Cheia de dezembro é também conhecida por “lua fria” ou “lua das noites longas”.

4 Dezembro, 2015 0 Comments

Portugal foi visto do Espaço

Foi no dia 2 de dezembro que Portugal foi visto do Espaço por Scott Kelly, Astronauta há 251 dias na Estação Espacial Internacional. O americano Scott Kelly e o russo Mikhail Kornienko “propuseram-se” a ficar no espaço durante um ano inteiro a fim de estudar os efeitos no corpo humano após uma permanência prolongada no espaço.

Escrevi há umas semanas sobre esta temática pode ler seguindo esta ligação. Quanto à imagem, a sua imponência é reveladora do quão pequenos somos. Já em 2014 a NASA tinha divulgado a fotografia que abaixo se segue e interessante parece ser o tipo de luz que se propaga em Portugal e em Espanha, sendo que em Espanha parece ser mais clara e em Portugal mais dourada.

Fonte: NASA

1 Dezembro, 2015 0 Comments

A Mata do Buçaco

A norte da Serra do Buçaco, onde esta se eleva até aos 547 metros, encontramos a Mata do Buçaco. Uma das muitas particularidades da Mata do Buçaco é o facto de ser cercada por um muro em pedra e ter onze portas. Este foi construído pela “Ordem dos Carmelitas Descalços” no primeiro quarto do século XVII e tem cerca de 6km de perímetro. Esta Ordem é também responsável pela construção do Convento de Santa Cruz. Foi todo ele um trabalho de séculos que resultou no fantástico bosque dos dias de hoje.
Na imagem de entrada para este artigo temos o Buçaco Palace Hotel, uma fantástica construção estilo neomanuelino transformado em Hotel 5 estrelas e decorado com painéis de azulejos e quadros alusivos à epopeia dos descobrimentos portugueses.

Julgo estar aqui um excelente ponto de partida para uma visita a um local de elevado valor botânico em que a companhia de eleição será então a máquina fotográfica que registará imagens únicas para trazer para casa.

Há diversos caminhos marcados em toda a Mata, a entrada é gratuita mas somente para quem se desloque a pé. Os veículos motorizados terão um custo a rondar os 5€, medida que em minha opinião se aceita até porque se requer uma manutenção diária bastante grande.

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Fonte de Santa Teresa

A Mata Nacional do Buçaco, é considerada área protegida, tem cerca de 400 espécies nativas da faixa atlântica portuguesa e outras 300 provenientes de outros climas de todo o Mundo. Segundo consta o elemento mais representativo desta miscelânea de espécies é o cedro do Buçaco, cipreste originário do México que terá sido a primeira espécie exótica plantada na floresta em 1656.

A poucos metros do ponto mais alto da Serra do Buçaco (547m), na vertente virada para o Luso, situa-se a Cruz Alta, um local privilegiado para apreciar a paisagem em redor do Buçaco. Da Cruz alta conseguimos avistar o Oceano Atlântico, a Serra da Estrela e a Serra do Caramulo entre outros. Sem dúvida um local a marcar na agenda para uma visita.

 

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Cruz Alta – Serra do Buçaco

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Cruz Alta – Vista Serra da Estrela

 

8 Novembro, 2015 0 Comments

Exercício do primeiro olhar

No dia à dia gosto de praticar aquilo que chamo de “Exercício do primeiro olhar”.
A vida de todos nós é composta por rotinas, por exemplo as deslocações diárias casa / trabalho, ou outras deslocações diversas. Todas nos levam a que no durante de essas viagens, haja um desprendimento do nosso raciocínio. Parece ser accionado um botão mental de “piloto automático” em que, outras imagens se vão cruzando pelo nosso pensamento e quando damos por nós, a viagem… terminou. Isto não é necessariamente mau, no entanto o que proponho que façam é então numa dessas viagens, este “exercício do primeiro olhar”, algo tão simples como, tentarem colocar-se na pele de alguém que por ali nunca passou. Ao fazer este exercício mental, certo que irão reparar num ou outro pormenor que ainda não tinham dado conta.

Colocando em prática na Fotografia, a importância deste exercício é ainda mais interessante. Para além das variáveis estação do ano, a hora do dia se está quente ou húmido, vento ou nublado, entre outros, a variável do “olhar singular” irá oportunamente surgir. Experimentem !

Fotografia: Campos do Mondego

 

 

 

2 Novembro, 2015 0 Comments

O Monte de Vez em Penela

Domingo muito tempestoso para o Sul do País, não tanto a Centro e uma saída rápida em família ao entardecer até ao Monte de Vez, em Penela. Apesar do muito vento lá em cima, encontramos uma Luz Outonal e um Céu extraordinário, propício a umas boas fotos. Teria de ser rápido, pois a Luz desvanecia com o final de tarde.

Mas então, onde fica então o Monte de Vez? Situa-se a cerca de seis, sete quilómetros da vila de Penela. Quem passa no IC3 junto a Casais do Cabra (Penela), é o monte virado a poente com as torres eólicas. Onde há elevações em Portugal, há torres eólicas. Adiante, chegando à rotunda em Penela é seguir em direcção a São Sebastião e daí seguir as indicações rodoviárias.

Vista da Vila de Penela

A visita a este local é interessante em duas vertentes. Primeiro a paisagística, a vista ali de cima leva-nos a ver um território imenso, desde a Serra da Lousã até às Serras de Sicó, isto de Nascente para Poente. A Sul temos Ansião e Alvaiázere, e para Norte podemos ver Penela, e o Senhor da Serra em Semide por exemplo. Depois a vertente religiosa, com a Capela da Senhora do Monte em destaque e o Moinho giratório em madeira assente em duas rodas de pedra ali ao lado, muito antigo, mas recuperado há alguns anos.

Julgo ser um local que merece ser visitado, fica num raio muito próximo de Coimbra, Tomar e Leiria daí nem que de passagem, este desvio para umas fotos merece bem a pena.
Monte de Vez - Vista sobre a Serra da Lousã


26 Outubro, 2015 0 Comments

IX Feira de Rua da Castanha, do Mel e Artesanato no Coentral

É já nos dias 7 e 8 de Novembro que se realiza a IX Feira de Rua da Castanha, do Mel e Artesanato no Coentral com a organização da União de Freguesias.
Esta é daquelas feiras em que não se almeja o “comercial”, como outras. Esta é sim uma festa terra-à-terra, das gentes de uma aldeia bem cravada na Serra da Lousã com costumes e com muita história e “estórias” para contar.

Fazendo um apontamento mais pessoal, ter o privilégio de conseguir captar um momento, um olhar, uma singularidade e poder partilhar convosco através da imagem do cartaz é algo que me enche de orgulho, podem crer, afinal sou Coentralense, sempre!

Estou convicto que aqui, nesta feira e não só, se podem criar condições para novas oportunidades e novas aventuras como o lançamento de um livro do Jorge Bento no ano passado. Uma fantástica recolha de recortes noticiosos e na qual lhe agradeço o facto de ter encontrado um magnífico tesourinho sobre o baptizado do meu Pai.

Na Feira deste ano, e porque no cartaz encontram lá toda a agenda, queria aqui dar o devido destaque a um facto e apesar de infelizmente já não podermos contar com a sua presença em vida, o lançamento de um livro com versos de Silvério Nevado intitulado “Pensando em ti”. Pelas 16h de sábado no edifício da antiga Junta de Freguesia, mais uma obra literária de um Coentralense é lançada. Termino deixando o convite para marcarem presença nesta apresentação deste livro e também nos dois dias de Feira.
Ficam em baixo algumas imagens da Feira de Rua do ano passado.
Um abraço,

Feira-Rua-Coentral-2014-3

Feira de Rua 2014

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Feira de Rua 2014 – Noite (Baile)

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Feira de Rua 2014 – Exposição de Fotografia

 

11 Outubro, 2015 5 Comments

As Casas dos Guardas Florestais

Hoje os guardas florestais incorporados na Guarda Nacional Republicana, também com a relevância que lhe é devida e merecida, deixaram de dar um uso pleno a estas casas.
Mais de um milhar destas edificações espalhadas de norte a sul com o objetivo de acolher, não apenas o Guarda Florestal mas também a sua família, foram construídas no auge da exploração florestal e quando esta constituiu uma prioridade económica do Estado há várias décadas atrás.

 

Eram em locais estratégicos nas matas nacionais, que estas habitações eram construídas. Não se confinavam apenas à habitação em si, mas tinham também acesso a muita água e algum terreno de cultivo assim como pequenos anexos para criação de galinhas, coelhos ou porcos. Isto apesar da maioria das vezes as localizações serem longe das ideais para este efeito. Mas arranjar meios de alguma subsistência era primordial e aqui tanto o Guarda, como a Esposa e os Filhos tinham um papel fundamental.

 

Olhando agora para a figura do Guarda Florestal do antigamente, este fazia da fiscalização a sua atividade, percorrendo uma determinada área denominada de Cantão. O Guarda Florestal era um conhecedor nato de toda a área florestal à sua responsabilidade e temido por todos, principalmente dos que prevaricavam.
Desde a gestão nas épocas da caça e pesca, à simples autorização de um corte de uma árvore ou mato para os animais, este era o trabalho do Guarda Florestal. Neste tempo, a fiscalização era feita a pé, os guardas eram pessoas respeitadas mas também eles de poucas posses, logo com alguma sensibilidade para a extrema pobreza da época. Acabavam muitas vezes, apesar de sujeitos a ordens superiores, de fechar os olhos a uma ou outra árvore que se cortava ou já estaria seca por uma trovoada e deixavam que os populares de aldeias localizadas em locais também eles inóspitos, as levassem. Os Invernos eram rigorosos e as casas bastante frias, a maioria sem lareiras apenas com braseiras e o… pobre do fumeiro logo por baixo da telha serrana.

 

As Casas dos Guardas Florestais são autênticos museus vivos da figura do Guarda Florestal que hoje os mais novos já vão desconhecendo. Umas vendidas outras perdidas pelos montes e dada a malfadada desertificação, estão sujeitas a todo o energúmeno que gosta de destruir o património de todos nós. São cada vez mais as ruínas e as histórias que vão sobrando, sendo que o meu avô ainda hoje me vai contando algumas. Talvez chegue o dia, em que todas histórias de tanto serem contadas, se tornem lendas.

Casa do Guarda no Figueiredo
Fotografia 1: Casa do Guarda das Hortas
Fotografia 2: Casa do Guarda do Figueiredo,
nome do último Guarda que habitou nesta casa

 

2 Outubro, 2015 0 Comments

Contemplar a Brama na Serra da Lousã

A BRAMA
A Brama do Veado (Cervus elaphus), ocorre no final do verão início de outono. Pelas encostas de toda a Serra da Lousã são audíveis longos e fortes bramidos destes majestosos animais. A altura do dia indicada para uma melhor observação deste espectáculo é durante a manhã e final da tarde, sendo que pela noite a actividade é também ela bastante intensa.
A Brama é no fundo a época de acasalamento desta espécie. Os bramidos têm a ver com uma procura do domínio das melhores zonas, intimidando a concorrência e ao mesmo tempo as zonas que terão um bom número de fêmeas. Pode haver confronto físico através das suas hastes, sendo que este é um cenário muito pouco provável. Esta procura e domínio do território duram vários dias, até que algum grupo de fêmeas fique receptiva à cópula.
Brama Serra da Lousã

ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
O Veado terá sido “extinto” nesta zona pela ocupação humana, mas foi entre 1995 e 1999 que voltou a ser reintroduzido com cerca de 100 animais. Hoje estimam-se que sejam cerca de 900 a deambular pela Serra da Lousã.
O controlo da espécie, dado que não há predadores naturais é feito através da caça, sendo a
caça ilegal um dos maiores problemas, ainda para mais nesta época do ano. Por outro lado, temos a destruição de pequenas culturas nas aldeias e esse é outro problema, o habitual “choque” entre os humanos e os animais.

Veado Serra da Lousã
FOTOGRAFAR
Conseguir fotografar estes imponentes animais em estado selvagem, e a titulo pessoal não gosto que se utilize o termo “Caça Fotográfica”, como por aqui e por ali vou lendo, é algo arrebatador. Esta altura do ano por si só é um convite perfeito para o almejar.
Recomendo que se leve para além do equipamento e vestuário adequado, uma boa dose de boa disposição. Respeitem obviamente toda a natureza que vos rodeia durante a caminhada, o silêncio é primordial assim como a, paciência.

30 Setembro, 2015 0 Comments

Elementos: História Versus Progresso

Continua a proliferação de novos Parques Eólicos por terras de Portugal. A foto que utilizo para ilustrar este artigo situa-se no Cabeço do Pereiro, mais conhecido por Santo António… da Neve. Este local icónico, num dos pontos mais altos da Serra da Lousã, pertence ao Concelho de Castanheira de Pera e tem uma história incalculável.
Fazendo um compêndio, era neste local que há mais de 200 anos era recolhida neve no inverno para os sete Poços existentes na altura, sendo que agora existem apenas três estando classificados como Imóveis de Interesse Público desde 1986. Também a Capela, que se vê na fotografia edificada exatamente duzentos anos antes, 1786 está classificada de Imóvel de Interesse Público. Da neve recolhida no Inverno, ficava o gelo que era depois comercializado nos meses de Verão. O transporte da neve era feito em carros de bois em que estes seguiam por caminhos mais ou menos sinuosos até Constância. Daqui, a viagem continuava em barcos até ao Terreiro do Paço, em Lisboa, e posteriormente vendidos para a Casa Real bem como para vários cafés, sendo o conhecido Café Martinho da Arcada um deles, em que por fim transformavam o gelo em gelados. Mas para uma leitura mais exaustiva, aconselho bastante seguir o seguinte endereço, .

Olhando agora para o… Progresso.
Os Parques Eólicos vieram em grande força para Portugal de há quinze anos por aí a esta parte. Apesar de pouco se falar, a Energia Eólica que é uma energia renovável é sujeita a várias interpretações quanto à sua mais valia.
Como vantagens temos a compatibilidade com outros usos e utilizações do terreno, emprego, investimento em zonas desfavorecidas, benefícios financeiros para proprietários dos terrenos. A energia eólica tem reduzido a elevada dependência energética do exterior, nomeadamente a dependência em combustíveis fósseis.
Olhando agora para as desvantagens. Temos desde logo o impacto visual considerável. A instalação dos parques eólicos gera uma grande alteração na paisagem, assim como também o efeito sonoro feito pelas pás dos aerogeradores. Outras duas grandes situações que irei mencionar é em primeiro, o impacto sobre as aves no local e os efeitos ainda pouco estudados sobre a modificação dos seus comportamentos habituais de migração. Depois em segundo lugar, é o factor intermitência na produção de energia dado que o vento nem sempre sopra quando a electricidade é necessária. Esta situação torna difícil a integração da sua produção num programa de exploração.

Voltando novamente para a imagem em questão. Existem os chamados estudos de impacto ambiental em que à partida se deveria confiar nos mesmos. Eles estão feitos e publicados e os parques, este em concreto avançou e está a ser construído.

Para Castanheira de Pera estes investimentos, dentro e fora do Concelho foram uma lufada de ar fresco e uma nova oportunidade na questão da empregabilidade. Não tenho números comigo, mas serão várias dezenas de pessoas que diariamente fazem manutenção destas torres eólicas. Mais, os efeitos indiretos que ainda advêm destes mesmos postos de trabalho. Os impactos sociais são imensos e resta-nos, de forma positiva, adaptar e interiorizar estes novos elementos que nos rodeiam, não esquecendo e vincando ainda mais a história e os nossos antepassados, harmonizando ao máximo a coexistência de ambos. Acredito também, que a natureza de forma natural seguirá este processo de adaptação com sucesso.

Não há “História Versus Progresso”, há sim em minha opinião “História E Progresso”.

28 Setembro, 2015 0 Comments

Eclipse da Lua 2015 em Portugal

No dia de ontem, o céu noturno presenteou-nos com um dos mais belos “fenómenos”, um eclipse total da Lua. Este Eclipse total da Lua foi visível na Europa, incluindo Portugal, bem como em África Ocidental, América do Sul e Central e leste da América do Norte. Já tinha neste ano de 2015 existido um eclipse total da Lua, em abril, mas não foi visível em Portugal.

Os eclipses da Lua ocorrem sempre que o Sol, a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, com a Terra a estar entre o Sol e a Lua. Na animação pode-se ter uma leitura mais fácil do “evento”.

Animação Eclipse da Lua

Eclipe da Lua 2015

Nesta noite tive a oportunidade de fazer alguns registos fotográficos, apesar das condições atmosféricas não serem as mais indicadas, alguma neblina entre a objetiva e a Lua, no entanto deixo-vos com estas duas imagens. Espero que gostem.