
A importância da cibersegurança em 2022
Se até ao período pré-pandemia onde já vivíamos digitalmente conectados este conceito de cibersegurança era ainda desconhecido da grande maioria de nós, após a pandemia, deixou de ser assim. Só neste ano de 2022, empresas como o Grupo Impresa ou mais recentemente a Vodafone, sofreram ataques massivos e preocupantes. Se com o Grupo Impresa, foram os dados e conteúdos de informação as vítimas com a perda total dos mesmos, no caso da Vodafone, o alvo terá sido a rede de telecomunicações incluindo os sistemas redundantes, ou seja aqueles que deveriam funcionar em caso de falha.
Mas quando falamos em Cibersegurança, falamos exatamente de quê?
A Cibersegurança também conhecida como segurança digital, é um processo e não um produto. É a prática de proteger informações digitais, dispositivos e recursos. Muito importante, a cibersegurança deve ser trabalhada a vários níveis desde a segurança de redes físicas, aplicativos e na educação do utilizador final.
Podemos ter os melhores anti-vírus e firewalls do mercado, mas não chega. É necessário criar hábitos:
– Criar cópias de segurança de dados;
– Bons hábitos digitais, não abrir links ou anexos estranhos e que suscitem curiosidade;
– Manter o software atualizado;
– Utilizar palavras-passe seguras;
– Utilizar a autenticação multifator;
– Bloquear os dispositivos com uma palavra-passe, PIN ou autenticação biométrica.
A cibersegurança deve ser um requisito e não opcional
Sobre práticas em empresas, o processo de cibersegurança exige uma implementação ponderada e com estratégia. Para que esta estratégia seja bem sucedida, deve evoluir de forma contínua para assim acompanhar as estratégias e tecnologias usadas pelos hackers. Isso requer monitorização constante e esforço coletivo assim como um investimento generalizado.
- Avaliar o cenário atual, conhecendo os pontos fracos. Compreender onde e como os dados estão localizados e quais as proteções que estão em vigor. Considerar a eficácia das soluções de segurança e o nível de prontidão para se defender.
- Desenvolver um plano. Organizar recursos para assim idealizar um plano claro onde se incluam políticas e níveis de acesso, bem como o que fazer em caso de uma violação. Identificar as etapas de contenção e o que será necessário para debater o incidente.
- Simplificar a gestão de segurança. Cimentar funções, segmentos e ambientes de uma arquitetura. Assim possibilitamos um planeamento de operações bem sucedido e também a realização de uma coordenação integrada de políticas em todos os segmentos de uma rede.
- Fazer o básico. Aplicar as patches e atualizações logo que fiquem disponíveis.
- Usar tecnologias que procurem e investiguem todos os ficheiros recebidos, ameaças de malware e que sejam multi-camadas de forma a coordenar automaticamente diferentes proteções. Gateways de segurança, controlo de aplicações, antivírus, etc…
A cibersegurança é como um desporto de equipa. Algo suspeito em que poderá levar a pensar que terá sido vítima de um acesso ilícito, deverá contactar alguém de confiança de imediato. Caso esteja no trabalho ou numa escola, deverá comunicar essa situação à pessoa ou ao departamento responsável o mais rápido possível. Pode ser um falso alarme no entanto, é sempre preferível ter esta atitude defensiva e colaborativa.
Por fim, uma sugestão. Não te inibas de partilhar boas práticas, sugestões ou recursos de segurança que consideres úteis para a tua empresa ou organização.
Notas Finais
Em 2021 foi registado o maior custo médio de uma violação de dados em 17 anos, com um aumento de 3,86 milhões para 4,24 milhões de dólares por ano. (Relatório da IBM sobre o custo de uma violação de dados em 2021).
A mudança para o trabalho remoto, impulsionada pela pandemia COVID-19, teve um impacto direto sobre os custos destas violações de dados. A causa mais comum de violação de dados foi o roubo de credenciais de um utilizador. Os adultos mais velhos foram afetados de forma desproporcional pelo cibercrime, com cerca de 28% do total de perdas por fraude sofridas por vítimas com mais de 60 anos.